MEU AMOR, MEU ESPELHO
A causa dos maiores problemas dos seres humanos é a carência de ser amado. Dizem as pesquisas que quem está envolvido num relacionamento amoroso vive mais do que quem passa pela vida de forma isolada e solitária, o que faz deduzir que um relacionamento pode ser tremendamente terapêutico. Mais do que dividir amor, companhia e uma profunda amizade, um relacionamento pode oferecer uma experiência maravilhosa de auto-conhecimento. Só nos conhecemos de fato quando nos relacionamos. Amar é fácil quando tudo são rosas no jardim, o teste real surge diante dos conflitos.
Um casal pode imaginar que o parceiro estará lá disponível para compreendê-lo sempre, esquecem, infelizmente, que a responsabilidade de definir suas próprias necessidades é de cada um e quando um adulto passa essa obrigação para o outro, começam os conflitos.
A maior defesa de um casal com problemas é culpar o parceiro. Culpar é uma tentativa de fazer o outro responsável por suas necessidades. Como um espelho, os aspectos que você condena no outro e gostaria que seu parceiro mudasse, reflete o que você precisa mudar em você.
As diferenças e erros são oportunidades gloriosas para aprofundar a intimidade, se você vê o conflito como mau, então será tentado a ignorá-lo, culpar seu parceiro ou sua família ou o mundo todo, esperando que o tempo cure os problemas, ou negando que eles existem.
O confronto é um ato de cuidado. No silêncio os problemas se tornam maiores. Quando dois indivíduos formam um relacionamento íntimo, carregam para dentro da relação sua maturidade emocional, essa é sua bagagem: o passado das relações da infância determinando a natureza das relações que se estabelecerão no presente.
A intimidade com seus pais, irmãos, alguns amigos, foi sempre sua referência e continuará sendo nas relações atuais, com a diferença de que agora, como adulto, voce terá o livre arbítrio em decidir se irá repetir a história que aprendeu, ou irá fazer uma vida nova modificando o roteiro, escolhendo seu mais confortável desejo.
O caminho para a segurança emocional é saber de si, saber de sua própria força e limites, conhecer-se. Se você não tem uma definição de você mesmo, então você não existe. Não vê suas maravilhas, seus valores, os erros e as realizações. Somente quando as pessoas começam a experimentar o amor por elas mesmas é podem receber o amor dos outros.
O paradoxo da separação é que quanto mais independente, mais profundo é o envolvimento, quando as pessoas estão psicologicamente separadas na sua relação, irão expressar suas necessidades e também aceitar a de seus parceiros com a tranquilidade em dizerem sim ou não às necessidades do outro.
O amor condicional é manipular o outro a ser o que você quer. Há uma rejeição implícita quando você quer que ele seja outro. Na essência da intimidade, o amor é incondicional, se relaciona a um amor independente do parceiro, à respeitar e valorizar o parceiro na mesma definição que ele faz dele mesmo, por sua personalidade única, a dele e a sua.
Para isso, é requisito uma certeza de si mesmo, impondo seus pontos de vista numa relação de amor com o confronto da verdade, como um espelho que reflete exatamente a imagem da pura realidade.(EVELYN PRYZANT)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
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